Especialistas em previdência complementar no Brasil estão otimistas

Com a atual conjuntura econômica e as perspectivas para o futuro, os especialistas em previdência complementar no Brasil estão otimistas. O gargalo atualmente recai sobre a educação financeira. Muita gente ainda não entende a importância de poupar para a aposentadoria, ou então comete erros que reduzem a capacidade de acumulação para o futuro. Quem dispõe de um fundo de pensão na empresa onde trabalha já tem uma grande oportunidade em mãos. Nessa modalidade de investimento, a empresa também contribui para a aposentadoria do funcionário, normalmente duplicando o valor poupado todo mês. Em recente evento da consultoria Mercer, o consultor financeiro Gustavo Cerbasi esmiuçou, numa palestra, diversos erros cometidos pelos beneficiários deste tipo de plano, muitos dos quais se aplicam aos poupadores em geral. Confira: 1. Calcular que a renda da aposentadoria será menor que a renda atual; 2. Excesso de conservadorismo até entre os mais jovens; 3. Resgatar os recursos do fundo de pensão quando se desliga da empresa; 4. Optar por renda vitalícia ou renda por prazo determinado; 5. Encarar a empresa que oferece fundo de pensão como a única responsável pelo seu futuro; 6. Priorizar o consumo à poupança; 7. Encarar a poupança como sacrifício e privação de felicidade; 8. Consumir pelos antepassados ou “dar ao filho o que não pôde ter” e 9. Comprar imóvel cedo demais. “A casa própria é o maior problema da sociedade brasileira hoje. Não é que eu seja contra a compra da casa própria, só acho que o timing de fazê-la está errado”, opina. Ele acredita que comprar o primeiro imóvel por volta dos 30 anos de idade talvez não seja a escolha mais inteligente. Primeiro porque, se o jovem for casado, vai comprar um imóvel maior que suas necessidades atuais. Como sua renda ainda não é muito alta, será necessário financiá-lo por um prazo longo. Ou seja, o imóvel terá que ser adequado para suprir as necessidades do casal durante um bom tempo, inclusive quando os filhos vierem. Em segundo lugar, ao comprometer boa parte de sua renda com um financiamento longo, o jovem sem filhos deixa de poupar para a aposentadoria justamente na época em sua capacidade de poupança é maior. Além disso, ele perde a mobilidade e a liberdade de buscar um emprego do outro lado da cidade, em outro estado ou mesmo em outro país. “Essa é a fase em que o jovem deve se dedicar a consolidar a carreira”, diz o consultor financeiro. Fonte:Portal Exame