A inflação subiu nos últimos meses e, com ela, a dificuldade de controlar as contas. Além disso, com o desemprego em alta, a insegurança em relação à manutenção da renda já faz com que os brasileiros diminuam os gastos. “Em tempos de instabilidade na economia, planejamento, acompanhamento dos gastos, pesquisa de preços e negociação tornam-se cada vez mais importantes”, ressalta a educadora financeira Ana Paula Hornos.
De acordo com a especialista, o primeiro passo para blindar o orçamento em tempos de crise é colocar todos os gastos no papel para identificar quais são as despesas fixas e variáveis da família. Se o valor dos gastos ultrapassar 70% da receita liquida mensal é hora de fazer uma revisão. A dica é procurar fazer reduções nas despesas variáveis, que normalmente são itens de alimentação, vestuário, lazer, transporte e telefonia. “Comece a pesquisar alternativas. Nessa hora vale muito a pena usar a criatividade na busca de outras soluções, o empenho da pesquisa de preços e a flexibilidade para se adaptar a uma nova situação”, afirma.
Além disso, uma situação de aperto econômico pode ser uma boa oportunidade para acabar com alguns desperdícios, rever contas e cancelar serviços que não são mais usados. “Rever os planos de assinatura de TV a cabo e internet; trocar o carro por transporte público em alguns dias da semana, diminuir o tempo no banho e frequentar menos restaurantes são algumas opções”, diz Ana Paula.
Outra sugestão da educadora é estar pronto para negociar preços. “Neste momento de queda de vendas podem surgir boas opções de negócios. Negociar pagamentos à vista também pode trazer um ótimo desconto e redução nos gastos”, explica.
Já em relação ao supermercado, Ana Paula acredita que fazer uma lista com os itens necessários antes de ir às compras torna-se imprescindível. “É a partir dela que você também pode pesquisar preços, buscar marcas alternativas ou substituir alguns itens do seu cardápio por alternativas mais baratas, com o mesmo valor nutricional”, aconselha.
Segundo a especialista, o importante é manter o orçamento em 70% da receita, para haver espaço para economias e formação de poupança. “Priorize a formação da sua reserva e, se possível, adie decisões de gastos maiores, como a compra de eletrodomésticos caros, a troca do carro ou uma reforma na casa”, diz.
Fonte: MaxPress
