Chegamos ao mês de julho… E eis que já passamos da metade do ano! O ano de 2016, seguindo as tendências do seu antecessor 2015, continua bastante movimentado, considerando uma série de notícias e fatos econômicos que deixam muitos brasileiros preocupados.
Sabe-se que em momentos de crise e de maior incerteza econômica, como o que estamos atravessando, o desafio de planejar e poupar para a aposentadoria é ainda maior. Notícias como as que vemos através dos meios de comunicação, de desemprego crescente e índices de inflação maiores do que os que estávamos acostumados, estão diretamente ligados à redução da renda e do poder de compra das pessoas, impactando negativamente no planejamento daqueles que sonham em ter uma aposentadoria financeiramente tranquila.
Diante dessa dura realidade, a informação é uma ferramenta muito poderosa. Nesse sentido, eleva-se a importância da famosa educação financeira e previdenciária. Torna-se necessário, também, que cada um aumente seu nível de consciência acerca da importância de investir na sua própria aposentadoria e não apenas desista de realizar seus aportes para a previdência, enquanto se espera dias mais favoráveis. Eliminar ou reduzir outros gastos, por exemplo, pode ser uma excelente alternativa para não deixar de realizar as contribuições para a previdência nos mesmos níveis que se vinha praticando, e, com isto, evitar futuros arrependimentos.
Para aqueles que pensam que poupar dinheiro ao mesmo tempo que a maioria das despesas aumenta é impossível, uma dica muito válida é ter o efetivo controle e organização sobre suas finanças. Um planejamento financeiro bem estruturado e o conhecimento de onde se gasta cada real que se recebe mensalmente, partindo-se dos menores valores até os valores mais elevados, facilita a análise de cada item e permite a verificação de onde se pode poupar para direcionar a verba para a previdência. Para isto, vale desde as tradicionais planilhas de controle de gastos até os aplicativos para smartphone e afins, que permitem este tipo de acompanhamento.
Neste complexo contexto, os fundos de pensão também têm um importante papel de entender que as necessidades de seus participantes podem estar mudando e ajustar a estratégia de comunicação à essa nova realidade. Ou seja, não podemos mais fazer o mesmo que sempre fizemos, pois vamos chegar nos mesmos resultados! Por isso, é preciso enfatizar, que:
• A previdência privada é reconhecida pela disciplina de longo prazo que proporciona aos seus participantes e por vantagens tributárias (dedução de até 12% da renda na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda, por exemplo);
• O fato de os planos de benefícios permitirem o acesso a mercados diversificados, inclusive com alguma parcela dos ativos no exterior, possibilita aos fundos de pensão estudarem a melhor estratégia de ajuste ao cenário econômico, podendo gerar rentabilidades atraentes com um menor grau de risco a longo prazo;
• Nos dias de hoje, contar apenas com a Previdência Social para se sustentar na aposentadoria pode ser considerado uma estratégia arriscada para a maior parte da população, especialmente para os mais jovens e também para os que já possuem renda superior ao teto do INSS;
• Decidir parar de contribuir para o plano de benefícios por impulso torna-se um erro comum entre as pessoas, especialmente quando elas não têm consciência dos impactos que esta atitude gera, que pode levar inclusive ao cancelamento do plano, a depender das regras regulamentares específicas.
Cumpre-nos lembrar, ainda, que o planejamento para a aposentadoria passa pelas etapas de estimar quanto se precisará acumular e quanto ainda falta para atingir esse valor estimado, e sua entidade de previdência complementar pode lhe ajudar a fazer isto. A partir dessas informações é possível definir um plano de ação e acompanhar se você está alcançando suas metas, ou se precisa rever seu planejamento.
Por fim, é sempre importante se questionar: É preferível manter meus padrões de consumo hoje, em detrimento da minha aposentadoria; ou seria melhor cortar gastos agora para se aposentar na forma planejada?
Por Mariana Sabino / Artigos Fundos de pensão
