A economia brasileira não para de crescer, as companhias ficam mais robustas e contratam cada vez mais funcionários movimento refletido na taxa de emprego em patamar historicamente alto. Mas isso teima em não se refletir na mesma medida no número de fundos de pensão corporativos. O mercado precisa de incentivo governamental. Se no passado, as grandes companhias foram responsáveis pelo desenvolvimento no mercado, por outro o excesso de normas e regulamentação afastou o interesse das empresas novatas, avalia Valéria Bernasconi, diretora superintendente da Prhosper, fundo de pensão dos funcionários da Rhodia. Para ela, o caminho de expansão é voltar os olhos às novas empresas e funcionários que estão ingressando no mercado de trabalho hoje. Em 10 anos, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) registrou o ingresso de apenas uma entidade no sistema, de 270 para 271considerando o surgimento de novas entidades e fundações extintas decorrentes do processo de fusão, cisão ou incorporação de empresas. Já em número de participantes, o avanço foi de apenas 23% em 10 anos, ao saltar de 1,74 milhão para 2,14 milhões. Para André Maxnuk, consultor sênior de previdência da consultoria Mercer, estamos no caminho certo, tanto no que diz respeito à regulação do sistema, quanto à segurança do participante, afirma. Em termos de estrutura, acho que o Brasil não deixa nada a desejar aos Estados Unidos. Mas ainda enfrentamos questões de desenvolvimento econômico, bem como de criação de produtos mais atrativos para classes de menor poder aquisitivo. Os pontos de avanço do sistema também são destacados por Luís Carlos Afonso, presidente da Petros, fundos de pensão dos funcionários da Petrobras mas admite que ainda há uma avenida a ser explorada. Brasil Econômico
