Em entrevista ao jornal O Globo, o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, diz que a Previdência Social requer mudanças para que se tornar sustentável, mas garante que as alterações serão negociadas.
O governo, segundo Padilha, sublinha que uma de duas opções precisará ser adotada: maior tempo de contribuição ou o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria.
As negociações deverão se concentrar no Congresso Nacional, sendo que o governo cogita de canalizar o diálogo por meio de uma comissão mista formada por deputados e senadores.
Por sua vez, a revista IstoÉ traz entrevista com o cientista político Antonio Lavareda, que entre outras coisas diz que “já na largada o novo presidente precisa mostrar aos agentes econômicos um forte compromisso com a disciplina fiscal e pulso firme na administração da Previdência Social, que é a principal despesa do governo”.
Por outro lado, sobre o mesmo tema 2 jornais trazem novidades em suas edições de hoje. O Globo, noticia que o Presidente Temer recebe hoje às 15 horas as centrais sindicais para conversar sobre o tema. Foram convidados representantes de todas as centrais, desde a aliada Força Sindical até a opositora CUT.
O deputado Paulinho da Força, que criticou fortemente na semana passada a ideia da reforma, disse que hoje irá afirmar ao Presidente que a tal idade mínima para aposentadoria “já existe”, através da fórmula 90 /100 da soma de idade e tempo de contribuição. Ele acredita, além disso, que “a situação atual da Previdência nem é tão ruim assim”.
Paulinho, no entanto, admite conversar sobre o estabelecimento de uma idade mínima para quem ainda não ingressou no mercado de trabalho.
O jornal lembra, entretanto, que o governo parece contar com uma firme maioria no Congresso para aprovar as reformas desejadas, fruto de um executivo com fortes laços congressuais. Na Câmara, por exemplo, seriam cerca de 400 votos contra 100. Este último número corresponde à soma dos parlamentares do PT, PC do B, PDT, Psol e Rede.
Por outro lado, em editorial, o jornal Valor lembrou que 3 são as iniciativas nas quais o governo parece se mover para controlar o déficit público, que este ano ameaça chegar aos Cr$ 125 bilhões, muito acima, portanto, dos R$ 96 bilhões admitidos pela ex-presidente Dilma. São elas a reforma da Previdência, a definição de um teto nominal de crescimento do gasto público e flexibilização do mercado de trabalho
Fonte: O Globo / revista ISTOÉ / Valor
