Relatório Mensal de Investimentos

No mês de setembro, o cenário internacional foi marcado foi um dado de inflação americana acima das expectativas (0,6% contra 0,3% esperado).  Com isso, o tom dos discursos dos membros do FED continua a indicar que o ciclo de alta de juros deve continuar, com o objetivo de trazer a inflação para perto da meta.  É esperado mais uma alta de 0,75 bp na próxima reunião, e, posteriormente, novas altas de menor intensidade, terminando o ciclo em 4,75% a.a. O temor pelo cenário de recessão e a confirmação da continuidade dos juros altos por um período mais longo, fez as principais bolsas americanas despencarem no mês. O S&P500 caiu 9,33% e o Nasdaq 10,6%, desempenho este que deteriorou ainda mais o resultado dos índices no ano, ambos encolhem -24,8% e -32,8% respectivamente.  

Na China, o governo segue com as políticas de lockdown e Covid Zero. Na segunda quinzena de outubro ocorrerá o Congresso Nacional do Partido Comunista, no qual poderemos ver uma eventual sinalização de mudança (abrandamento) em tais políticas para o próximo ano. Outro ponto a se atentar nos próximos meses é a degradação do setor imobiliário, causada pelo ambiente de desaceleração econômica do país e por conseguinte um maior endividamento das empresas do ramo.

O mês também foi marcado pela deterioração da libra frente ao dólar, assim como os títulos de dívida de UK negociando em seus máximos históricos, como consequência das políticas de corte de impostas da nova primeira-ministra Lisa Truss, em um cenário de inflação ainda persistente. Com a aproximação do final do ano, o tom sobre a crise de abastecimento de gás na Europa se eleva, devido a necessidade de mais energia para aquecimento no inverno, diante disso, os dados de inflação seguem acelerando, chegando a 10% no acumulado de 12 meses. Para tentar conter esse movimento, o BCE reajustou novamente sua taxa de juros, após 8 anos rodando no campo negativo, para 0,75% a.a., esse movimento aumenta a percepção ruim do mercado para a Zona do Euro, elevando as expectativas da taxa terminal de juros europeia.

Na questão inflacionária doméstica, o IPCA de agosto teve a segunda queda consecutiva, -0,36%, fazendo com que a inflação em 12 meses retornasse ao patamar de 1 dígito (8,73%), tal número foi impactado novamente pelas variações nos combustíveis, o qual retraiu 10,82% no mês.

O Ibovespa novamente se descolou do cenário internacional, porém em menor escala, apresentando um retorno positivo no mês e consolidando a retomada positiva do índice no ano.  O índice rentabilizou 0,5% em agosto e performa 5,0% no ano.

Os índices atrelados à inflação seguiram com retornos positivos, principalmente na parte mais longa da curva, por conta do fechamento das taxas de juros, o IMA-B entregou 1,5% no mês, frente 0,4% do IMA-B5. Outro índice importante, o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) segue com retornos bem atrativos, no mês rentabilizou 1,3%, representando aproximadamente 121% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Setembro: 1,06% (98,77 do CDI)
Agosto: 1,45% (123,90 do CDI)
Julho: 1,09% (105,99% do CDI)
Junho: 0,42% (40,75% do CDI)
Maio: 0,90%
Abril: 0,24% ( 28,87 do CDI)
Março: 1,86% ( 200,18 do CDI)
Fevereiro: 1,35%
Janeiro: 0,40% ( 60,86 do CDI )

Acumulado ano: 9,11 % (102,20 do CDI)
12 meses: 9,21% (84,24 do CDI)
24 meses: 17,19% ( 120,53 do CDI)
36 meses: 18,90% ( 103,51 do CDI)