Fundos de pensão deven investir mais em educação previdenciária, diz Previc

São Paulo – Os fundos de pensão poderiam investir mais em programas de educação previdenciária não fosse alguns mitos sobre esse meio de difusão de informação.

Em seminário sobre educação previdenciária, realizado na última semana, o coordenador da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), Fábio Coelho, disse que ainda há alguns conceitos sobre a criação dos programas por parte das entidades fechadas de previdência complementar que devem ser desfeitos.

“Existem alguns mitos em torno dos programas de educação financeira que precisam ser quebrados, como, por exemplo, de que uma pequena entidade não consegue ou não pode apresentar um bom projeto ou de que essa iniciativa tem que ser apenas para os participantes dos fundos”, disse, segundo a Previdência Social.

Coelho reforçou que os programas de educação previdenciária podem ser boas ferramentas para as entidades fechadas de previdência complementar para explicar assuntos relacionados aos fundos de pensão aos participantes.

Crescimento
O diretor da Previc, Edevaldo Fernandes, afirmou durante o encontro que o número de projetos de educação previdenciária deve crescer neste ano, bem como o número de pessoas beneficiadas. Para Fernandes, os programas devem ser heterogêneos, com as especificidades adequadas aos diferentes públicos.

“Devemos pensar os programas de modo que as abordagens sejam segregadas de acordo com o perfil dos participantes que serão atingidos, levando em conta, por exemplo, sua capacidade de poupança”, disse Fernandes.

Investimento
A representante da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), Marisa Bravi, reforçou ainda que os programas de educação previdenciária devem ser vistos como investimento e não despesas. “O retorno para a entidade é garantido”.

“A nova legislação inseriu os participantes no dia a dia das entidades e os colocou como sujeitos na história dos fundos de pensão. Com isso, surgiu a necessidade de formar e capacitar rapidamente esses participantes que, a partir de então, fariam parte da gerência das entidades”, considerou o representante da Anapar (Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão), Antônio Bráulio de Carvalho.