O valor e a importância do dinheiro na vida familiar

Observando a situação mundial, temos percebido que as mudanças politicas, econômicas, sociais e culturais estão ocorrendo em todo o mundo. Os brasileiros, com raras exceções, também estão passando por situações difíceis relacionadas à: renda inadequada, dívidas, escassez de emprego, poucos investimentos em poupança, falta de perspectiva de uma aposentadoria decente, seguro saúde incompleto e outros problemas relacionados a dinheiro, bens e propriedade.

Com uma inflação sob controle, e a ideia de quanto vale um determinado produto, carro ou propriedade, cresce a necessidade de saber como administrar melhor o orçamento pessoal e familiar. Há cinco coisas que estão pressionando a vida dos brasileiros de uma forma bastante dramática:

Emprego;

Moradia;

Seguro saúde;

Educação de filhos;

Aposentadoria.

Com um estado falido e suas instituições que tradicionalmente se diziam provedoras de emprego, justiça, segurança, saúde, educação e moradia, o cidadão brasileiro ficou “num mato sem cachorro” . Para completar, temos ainda a ansiedade, depressão, falta de paz, impotência, vergonha, mentira, vícios (alcoolismo, fumo, jogo e drogas) que são alguns dos sintomas da escravidão financeira.

Esta escravidão é muitas vezes responsável pelas causas de problemas familiares, entre os casais, filhos e parentes. Constata-se que pelo menos 50% dos casos de divórcio são ocasionados por brigas relacionadas a dinheiro, e podem destruir a família.

Podemos resumir a vida financeira em seis áreas: trabalho, renda, orçamento, contribuição, investimentos e dívidas. Você já parou para pensar qual o seu gasto mensal?

A grande maioria de vocês poderá estar dizendo “sim”, entretanto é muito comum que se esqueçam dos pequenos gastos do dia-a-dia quando fazem as contas para comprar uma TV nova ou realizar outro projeto qualquer. Considerar os pequenos gastos é um grande passo para não ficar endividado.

Sabe aquele sorvete que você comprou em um dia ensolarado, lembra-se da nota de R$ 10,00 que dissolveu em sua calça quando foi lavada e aquela moeda que você perdeu quando foi à padaria, recorda também dos R$ 0,05 que o caixa do supermercado disse que ficaria devendo, porque não tinha troco? Tudo isso deve entrar em seu orçamento mensal.

Ok, agora vocês podem começar a me bombardear. Muitos dirão que estou louco e que cinco centavos não farão falta. Então eu pergunto: você já tentou comprar um bilhete de ônibus com cinco centavos a menos? Conseguiu? Imagino que não. Para conseguir a independência financeira é importante ter planejamento financeiro. Os pequenos gastos devem fazer parte do seu planejamento.

É importante considerar certo valor mensal para estes gastos em seu orçamento. A quantia pode variar, mas um bom exercício é começar a anotar diariamente todos estes valores em uma folha de papel que pode ser guardada na bolsa ou na carteira. Ao final do período some todos estes gastos e comece a considerar esta quantia antes de tomar qualquer decisão de compra que possa comprometer os seus rendimentos por completo. Quem é mais disciplinado pode anotar tudo em uma planilha eletrônica de controle de gastos.

Com um histórico completo de onde você gastou o seu dinheiro ficará muito mais fácil de realizar o seu planejamento financeiro a cada semestre.

Texto: Gerson Avena da Silva, Psicólogo pela Faculdade Evangélica do Paraná e coaching financeiro prgerson01@gmail.com – (41) 9154-0084