Relatório de Investimentos

O mês de julho continuou a apresentar dados robustos para o setor de serviços nos EUA. A projeção de crescimento da economia para o ano, impulsionada por indicadores positivos do 2º trimestre, foi levemente ajustada para cerca de 2%a.a. O Federal Reserve (Fed) tem adotado uma postura positiva, embora cautelosa, validando o crescimento econômico e descartando uma leve recessão para o final do ano. Ainda assim, observamos um mercado de trabalho sob pressão, embora com sinais de um melhor equilíbrio entre oferta e demanda de empregos. A política de juros será orientada pelos próximos indicadores econômicos, o que poderá levar a um aumento adicional na taxa de juros em setembro, finalizando possivelmente o ciclo entre 5,50% e 5,75%.

Com a volta do ciclo de alta dos juros, os principais índices americanos apresentaram bom desempenho em julho, com o Nasdaq 100 avançando 3,81% no mês, acumulando 44,03% no ano. O S&P500 teve um desempenho semelhante, com alta de 3,11% no mês e rendimento anual de 19,52%.

Na China, a reunião do Politburo sinalizou possíveis estímulos no setor imobiliário e assistência monetária para províncias em dificuldades financeiras. Embora ainda não tenham sido revelados planos significativos, as expectativas dessas futuras medidas têm sustentado os preços de algumas commodities. Há sinais de flexibilização nas normas para compradores no setor imobiliário, incluindo a redução do investimento inicial, das taxas de juros e restrições de crédito.

No Brasil, a taxa de desemprego continua em níveis baixos, com expectativa de expansão econômica durante o segundo trimestre de 2023, e projeção de crescimento do PIB de 1,9% para o ano. A inflação vem dando sinais de enfraquecimento permitindo o início de um ciclo de queda na taxa de juros pelo Banco Central em 50bps. Com uma deflação do IPCA-15 de 0,07% em julho, a previsão de inflação para 2023 e 2024 pode ser mais baixa, em torno de 4,8% e 4,0%, respectivamente.

Na frente fiscal, a Fitch elevou o rating soberano do país para BB, em linha com a melhoria das projeções fiscais. A reforma tributária sobre a renda deve avançar em agosto, a ser discutida no Senado Federal.

O Ibovespa, impulsionado pelo clima internacional favorável e a pelo processo de desinflação, teve um retorno de 3,27% em julho, com um rendimento anual de 11,13%. Em julho, houve um leve fechamento nos NTN-Bs, mas não o suficiente para ultrapassar o CDI no mês. O índice IMA-B5 teve a melhor performance, com alta de 0,97% no mês em comparação a um CDI de 1,07%, com os vencimentos mais longos (IMA-B5+) rendendo 0,73%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ têm retorno de 8,08% e 15,74%, respectivamente. O IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, apresentou um retorno de 133,90% do CDI em julho, embora o resultado no ano seja de 71,49% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Julho: 1,15% (107,79% do CDI)
Junho: 1,19% (111,55% do CDI)
Maio: 1,16% (103,34 % do CDI)
Abril: 0,77% (84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% (58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%

Acumulado ano: 7,19% (94,29% do CDI)
12 meses: 12,51% ( 92,24% do CDI)
24 meses: 19,41% (79,93% do CDI)
36 meses: 26,40% (96,65 do CDI)