A economia americana apresenta sinais claros de que a redução da taxa de juros nas próximas reuniões do FOMC é cada vez mais provável, impulsionada pelos recentes dados econômicos divulgados. A inflação mostrou-se mais baixa e alinhada com a meta estabelecida, o que reforça a possibilidade de flexibilização da política monetária. No mercado de trabalho, observou-se um aumento na taxa de desemprego e uma menor geração de vagas, indicando um arrefecimento na atividade econômica que também contribui para a expectativa de cortes nos juros. Esses fatores combinados sugerem um cenário propício para ajustes nas taxas de juros visando estimular a economia.
Os principais índices americanos performaram em direções destintas em julho, novamente um mês que teve um grande impacto pelas ações de tecnologia, porém sendo detratores desta vez. O Nasdaq 100 recuou 1,63% no mês, acumulando uma alta de 15,07% no ano. O S&P 500 teve um desempenho melhor, com uma alta de 1,13% no mês e apresenta um ganho de 15,78% no ano.
A atividade econômica na China continua a decepcionar, com mais um conjunto de números fracos, mesmo diante dos contínuos estímulos governamentais. As principais commodities que impulsionam a economia chinesa sofreram no mês, refletindo números de consumo das famílias que pioraram na margem. No âmbito político, julho foi marcado por eventos importantes, como o Comitê do Politburo, que demonstrou preocupação com o desempenho econômico do país e o crescimento abaixo do esperado. Esses fatores combinados ressaltam os desafios persistentes que a China enfrenta para revitalizar sua economia.
Após realizar o primeiro corte de juros em cinco anos no mês de junho, a zona do euro apresentou um movimento de cautela na reunião subsequente, com o BCE mantendo a taxa de juros inalterada em 3,75%. Christine Lagarde, presidente do BCE, destacou que os próximos movimentos dependerão de dados mais sólidos, como crescimento interno, inflação e salários. Os recentes dados de inflação mostraram uma leve melhora, aproximando-se da meta, mas ainda exigem atenção, especialmente no setor de serviços. Além disso, os indicadores de aquecimento da economia, como o PMI, ficaram aquém do esperado, sinalizando que a recuperação econômica ainda enfrenta desafios significativos.
No cenário local, o mês foi marcado principalmente por questões políticas, com o presidente adotando uma postura mais cautelosa em relação ao debate sobre equilíbrio fiscal, após uma sequência de discursos contundentes. Na segunda quinzena, o governo anunciou contingenciamentos nos gastos públicos, com cortes em despesas obrigatórias e contenção de gastos em algumas áreas. No campo econômico, os dados de atividade continuaram a surpreender para cima, com destaque para a criação de empregos no mercado de trabalho. No entanto, a inflação novamente superou as expectativas, levantando preocupações sobre o cumprimento das metas estabelecidas para 2024 e 2025. Em resposta aos dados econômicos, o COPOM decidiu manter a taxa de juros inalterada, deixando em aberto suas futuras ações e ressaltando que as próximas decisões dependerão dos indicadores econômicos, sem descartar a possibilidade de um aumento da taxa caso o cenário se deteriore.
Os ativos locais reagiram positivamente ao contingenciamento nos gastos públicos, também se beneficiando por um cenário externo mais favorável quanto ao início do ciclo de afrouxamento monetário. O Ibovespa avançou 3,02% em junho, embora ainda acumule uma queda de 4,87% no ano. No mercado de renda fixa, as taxas das NTN-Bs (títulos atrelados à inflação) tiveram um bom fechamento, especialmente nos vencimentos mais longos. O índice IMA-B5 registrou uma alta de 0,91% no mês, igualando o CDI, enquanto o IMA-B5+ teve um desempenho superior, com um retorno de 3,24%. No acumulado do ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentaram retornos de 4,27% e -1,97%, respectivamente. Já o IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, teve um retorno de 137,92% do CDI no mês, mantendo-se acima do índice no ano, com 134,14% do CDI.
Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Julho: 1,14% ((125,82% do CDI)
Junho: 0,84% (105,88% do CDI)
Maio: 0,82% ((98,60% do CDI)
Abril: 0,08% (8,88% do CDI)
Março: 1,02% (122,83% do CDI)
Fevereiro: 0,69% (85,85% do CDI)
Janeiro: 0,68% (70,21% do CDI)
Acumulado ano: 6,26%
12 meses: 10,52% (91,44% do CDI)
24 meses: 24,35% (91,42% do CDI)
36 meses: 31,96% (82,87% do CDI)