A economia americana segue enfrentando um cenário de incertezas, especialmente no que diz respeito à política monetária e à inflação. Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) estão divididos em relação ao próximo movimento na taxa de juros, refletindo a complexidade do cenário econômico atual. Recentemente, a inflação apresentou dados em linha com as expectativas do mercado, mas isso não dissipou as dúvidas quanto à sua trajetória futura. Além disso, o mercado de trabalho permanece robusto, o que adiciona mais incerteza à dinâmica inflacionária, pois um mercado de trabalho forte pode exercer pressões adicionais sobre os preços, complicando ainda mais a tomada de decisão do FOMC.
Os principais índices americanos subiram forte no mês de maio, principalmente pelos dados de inflação que vieram relativamente melhores que o primeiro trimestre do ano. O Nasdaq 100 avançou 6,28% em maio, acumulando 10,17% no ano. O S&P500 teve um desempenho abaixo, mas ainda forte, com alta de 4,80% no mês e segue positivo no ano em 10,64%.
O governo chinês anunciou um incentivo significativo, que pode chegar a 500 bilhões de yuans (aproximadamente 70 bilhões de dólares), destinado à compra de imóveis não acabados e vazios. A intenção é que essas propriedades sejam futuramente alugadas pelas províncias ou utilizadas como centros sociais de moradia. Esta medida visa sustentar o setor imobiliário, que enfrenta uma desaceleração. No entanto, há incertezas sobre sua efetividade a longo prazo, podendo ser necessários novos auxílios em breve. A reação do mercado foi positiva, com os principais índices de bolsas chinesas registrando alta após um longo período de deterioração, refletindo uma renovada confiança na intervenção do governo para estabilizar o setor.
Na zona do euro, a inflação preliminar de maio avançou acima das expectativas do mercado, principalmente devido ao aumento nos preços dos serviços, surpreendendo negativamente os analistas. Paralelamente, a revisão do PIB para cima indicou uma economia mais robusta do que se esperava, sugerindo uma melhora no ambiente econômico. Esse cenário reforça a possibilidade de um corte de juros pelo Banco Central Europeu em junho, à medida que as autoridades buscam equilibrar o crescimento econômico com a contenção da inflação.
A recente decisão de reduzir o ritmo de cortes na taxa de juros para 25 pontos base (bps) evidenciou uma divergência significativa entre os diretores do Banco Central do Brasil. A ala indicada pelo atual governo votou por uma redução maior, de 50 bps, destacando diferentes perspectivas dentro do comitê. O crescimento do PIB brasileiro veio em linha com as expectativas, embora seja possível que as próximas divulgações sofram revisões devido à tragédia no sul do país. Em outros indicadores econômicos, o mercado de trabalho continua robusto, com fortes números na criação de empregos, e a inflação permanece relativamente controlada, a conjuntura dos dados acima pode ser refletida em uma taxa de juros terminal mais alta do que as avaliações anteriores.
No mês de maio, observamos uma saída expressiva de capital da bolsa brasileira, somando mais de 40 bilhões de reais no ano. O Ibovespa, indo na contramão do cenário global, registrou um dos piores desempenhos em comparação com as principais bolsas globais, fortemente influenciado pelas incertezas fiscais e políticas e pelo quadro dividido do Banco Central. Consequentemente, o índice recuou 3,04% no mês, acumulando uma queda de 9,01% no ano. No mercado de renda fixa, as taxas das NTN-Bs (títulos atrelados à inflação) tiveram um fichamento significativo, especialmente nos vencimentos mais longos. O índice IMA-B5 registrou uma alta de 1,05% no mês, superando o CDI, que foi de 0,83% e o IMA-B5+ teve um desempenho ainda melhor, com um retorno de 1,59%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentaram retornos de 2,92% e -2,85%, respectivamente. Já o IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, teve um retorno de 115,09% do CDI no mês, mantendo-se acima do índice no ano, com 132,28% do CDI.
Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Maio: 0,82% ((98,60% do CDI)
Abril: 0,08% (8,88% do CDI)
Março: 1,02% (122,83% do CDI)
Fevereiro: 0,69% (85,85% do CDI)
Janeiro: 0,68% (70,21% do CDI)
Acumulado ano: 3,33% (75,76% do CDI)
12 meses: 10,92% (91,05% do CDI)
24 meses: 23,76% (87,78% do CDI)
36 meses: 29,48% (79,33% do CDI)