Ante a perspectiva de redução da taxa básica de juros (Selic), os fundos de pensão se movimentam para buscar rentabilidade em títulos privados e informar seus investidores da nova realidade.Quem buscar rentabilidade terá que ser mais imaginativo. Os controles de risco terão que ser mais acentuados para identificar títulos privados como debêntures e CDBs, diz o diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Privada (Abrapp), José de Souza Mendonça.No momento, a Bolsa não dá muita segurança às fundações pequenas e médias. Só as grandes participam da gestão das companhias e buscam dividendos. Portanto, Bolsa só para o longo prazo, uma característica dos fundos de pensão, argumenta Mendonça.Outro caminho a ser trilhado pelas fundações será o investimentos em imóveis, fundos imobiliários e fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) do setor imobiliário. Apenas meia dúzia de fundações está investindo em infraestrutura, que exige muito cuidado na segurança dos recursos e na análise fundamentada do risco, afirma o diretor-presidente.De acordo com dados do relatório consolidado de 2011, dos R$ 573,73 bilhões detidos pelas fundações, a composição em renda fixa representa 61%, sendo 15,8% ou R$ 99,44 bilhões diretamente me títulos públicos, 4,8% ou R$ 27,5 bilhões em créditos privados e depósitos (inclui debêntures, CDBs e letras financeiras), e 40,4% ou R$ 231,81 bilhões em fundos de renda fixa.A renda variável aparece com 30% do total, sendo 14% ou R$ 80,4 bilhões diretamente em ações e 16% ou R$ 92,01 bilhões em fundos de investimentos em renda variável.Entre os diversos, os investimentos estruturados representam 2,3% ou R$ 13,34 bilhões; títulos de dívida externa com 0,1% ou R$ 313 milhões; imóveis em 3,6% ou R$ 20,685 bilhões; operações com participantes com 2,6% ou R$ 14,91 bilhões, e a categoria outros com 0,4% ou R$ 2,07 bilhões, que inclui derivativos.DCI/Panorama Brasil.
