Relatório Mensal

No mês de outubro, a melhora do ambiente global iniciada em setembro teve continuidade, com a perspectiva de concretização de um acordo entre EUA e China, ainda que parcial, no mês de novembro. Adicionalmente, o encaminhamento favorável do Brexit também contribuiu para o alívio no cenário externo. No Brasil, a aprovação da Reforma da Previdência no Senado removeu o principal componente de risco no curto prazo, e o anúncio do pacote de reformas econômicas contribuiu para sedimentar, entre os agentes econômicos, a visão de que o governo mantém o ímpeto reformista e a conseqüente recuperação cíclica da economia.

Neste contexto, observou-se uma desvalorização do dólar de 3,85% frente ao

Real (PTAX), tendo a moeda americana perdido força em relação à praticamente todas as divisas, principalmente devido ao arrefecimento da guerra comercial e a perspectiva de redução dos diferenciais de juros e crescimento entre as economias. As posições aplicadas emjuros no Brasil voltaram a ser uma importante fonte de contribuição, diante da perspectiva de um ciclo mais longo de redução nos juros. Ao final do mês, o Banco Central confirmou a expectativa de corte da Selic para 5,0%, deixando a porta aberta para novos cortes nas próximas reuniões. A bolsa voltou a apresentar a dinâmica de valorização e rotação setorial observada nos últimos meses. Com base em novos dados, apontando uma marginal aceleração da economia e na temporada de divulgação de balanços, que reforçam o crescimento de lucro das empresas, oIbovespa fechou o mês em alta de 2,36%.