Relatório Mensal de Investimentos

A economia americana em janeiro de 2025 foi marcada pelo retorno de Trump à Casa Branca e por suas políticas protecionistas. A proposta de inclusão de novas tarifas sobre produtos canadenses, mexicanos e chineses, além da promessa de taxar outros países, gerou incerteza no mercado. Apesar disso, a economia americana demonstrou robustez, com o PIB crescendo 2,8% e o CPI fechando 2024 em 2,9%. A expectativa é que a inflação permaneça em patamares elevados, impulsionada pela força da economia.

Nesse início de ano, o mercado também foi marcado por duas grandes notícias. A primeira foi a divulgação de uma nova IA chinesa, DeepSeek, que, segundo especialistas, pode superar as atuais com menos tecnologia e recursos. Essa notícia gerou apreensão no mercado, levando a uma queda acentuada nas ações de tecnologia nos dois dias seguintes. Por outro lado, o “efeito Trump”, impulsionado por forte protecionismo e políticas voltadas para o setor interno, levou a uma recuperação rápida do mercado. Apesar da volatilidade, os principais índices americanos fecharam o mês em alta. O Nasdaq 100 avançou 2,22%, enquanto o S&P 500 teve um desempenho levemente superior, com alta de 2,70%.

A economia chinesa apresentou um cenário de estabilidade, com o governo mantendo sua política de incentivos a setores estratégicos por meio de subsídios. O destaque ficou por conta do PIB, que superou as expectativas do mercado em 40 pontos base, impulsionado principalmente pelo forte desempenho do setor manufatureiro no quarto trimestre de 2024. O resultado do PIB ainda sinaliza a resiliência da economia chinesa e a efetividade das medidas governamentais de estímulo. A continuidade do crescimento da manufatura sugere um cenário positivo para as exportações e para a economia como um todo. No entanto, é importante acompanhar os próximos meses para avaliar se essa tendência se manterá e se outros setores também apresentarão crescimento.

A inflação subjacente na Zona do Euro, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, permaneceu controlada. No entanto, a inflação geral apresentou alta, confirmando as expectativas do mercado. Em resposta a esse cenário, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu a taxa básica de juros em 25 pontos base. A decisão de aguardar novas informações antes de definir os próximos passos reflete a incerteza em relação ao ritmo de recuperação da economia. O crescimento do PIB, por sua vez, manteve-se próximo da estagnação, com uma alta de apenas 0,7%. Esse resultado, em linha com as previsões, reforça a dificuldade do BCE em conciliar o controle da inflação com o estímulo ao crescimento econômico. A estagnação persistente pode dificultar ainda mais as decisões de política monetária nos próximos meses.

A economia brasileira em janeiro de 2025 mostrou sinais de desaceleração, com a inflação ainda em trajetória de alta. O mês foi marcado pela ausência de novidades no cenário político e fiscal, com as atenções voltadas para as ações que serão implementadas a partir de fevereiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros (Selic) em 100 pontos base, para 13,25% ao ano, confirmando as expectativas do mercado. A decisão reflete a preocupação com a persistência da inflação, mas o comunicado do Copom adotou um tom mais dovish em relação aos próximos passos, o que causou divergência entre os principais economistas de qual será o ritmo a partir da reunião de março.

O Ibovespa teve alta de 4,86%, parte pelo bom humor do exterior, parte pela ausência de novidades no âmbito interno, em virtude do recesso das casas parlamentares. No mercado de renda fixa, as taxas das NTN-Bs tiveram um mês de ambíguo, nos vencimentos curtos observamos uma boa performance e nos longos uma leve abertura. O índice IMA-B5 registrou alta de 1,88% no mês, contra uma alta de 1,01% do CDI, enquanto o IMA-B5+ teve um desempenho bem abaixo, com um retorno de 0,43%. Já o IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, teve um retorno bem positivo no mês (1,58%), retomando parte das perdas ocorridas em dezembro.

Rentabilidade do Plano