O Comitê de Política Monetária (FOMC) do Federal Reserve (Fed), decidiu manter a taxa de juros entre 5% e 5,25% ao ano. Esta é a primeira vez desde março de 2022 que o Fed não altera a taxa, após dez aumentos consecutivos. No entanto, o comunicado do banco indica a possibilidade de retomar o ciclo de aperto nas próximas reuniões, caso a inflação se mostre resiliente.
A decisão está em linha com as expectativas do mercado, que já previam a manutenção da taxa. Os dados de inflação mostraram um aumento moderado nos preços ao consumidor em maio, resultando no menor aumento anual da inflação em mais de dois anos. O índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no último mês, com queda nos preços da gasolina, e aumentou 4,0% nos últimos 12 meses até maio, o menor nível desde março de 2021.
É importante ressaltar que a inflação atingiu um pico de 9,1% em junho de 2022, mas está diminuindo à medida que os aumentos do ano passado saem do cálculo. Nesse contexto, os principais índices americanos performaram bem no mês de junho, o Nasdaq 100 avançou 6,49% no mês, chegando a 38,75% no ano. O S&P500 teve um desempenho na mesma linha, subiu 6,47% no mês e entrega 15,91% no ano. Na economia chinesa o banco central chinês, decidiu reduzir suas principais taxas de juros.
A taxa de juros de referência para empréstimos de 1 ano foi reduzida de 3,65% para 3,55%, enquanto a taxa para empréstimos de 5 anos, utilizada como base para hipotecas, caiu de 4,30% para 4,20%. Tal atitude já era esperada pelos analistas, visando reduzir as taxas reais de empréstimos e os custos de financiamento, estimulando a demanda por crédito e impulsionando o consumo interno e os investimentos. Ademais o PMI chinês veio levemente abaixo das expectativas do mercado, 49,0 frente 49,1.
No ambiente doméstico tivemos o arcabouço fiscal aprovado no Senado com alterações, deixando o FDCF (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e o C&I (Conselho de Inteligência) fora do limite de gastos. O relator Claudio Cajado indicou que a Câmara dos Deputados deve rejeitar as mudanças propostas pelo Senado. Espera-se que a discussão da reforma tributária seja aberta no plenário da Câmara em julho.
O IPCA-15 de junho ficou em linha com as expectativas no geral, mas houve surpresas altistas nos serviços relacionados à habitação e bens industriais. As expectativas de inflação têm mostrado queda ao longo do horizonte relevante, com projeções menores para os próximos anos. No âmbito monetário, o COPOM manteve a taxa de juros como esperado, mas a ata revelou uma possível abertura para cortes na próxima reunião em agosto.
O CMN decidiu manter a meta de inflação em 3% para 2026 e introduzir um sistema de meta contínua a partir de 2025. Seguindo o bom humor internacional, adicionado a melhores dados de inflação, assim como a expectativa de redução de taxa de juros já em agosto, o Ibovespa apresentou ótimo retorno no mês, subindo 9,00%, apresentando rentabilidade no ano de 7,61%.
Em junho novamente vimos um forte fechamento das NTN-Bs, principalmente nos vencimentos mais longos. O índice IMA-B5+ fechou com alta de 3,37% no mês contra um CDI de 1,07%, os vencimentos mais curtos performaram ligeiramente abaixo do CDI, com a expectativa de um menor carrego. No ano os índices IMAB5 e IMAB5+ entregam retorno de 7,04% e 14,91% respectivamente. O IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) novamente mostrou mais um mês de recuperação, comparado com um início de ano difícil, em junho apresentou retorno de 125,49% do CDI, porém no ano o resultado é de 60,99% do CDI.
Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Junho: 1,19% (111,55% do CDI)
Maio: 1,16% (103,34 % do CDI)
Abril: 0,77% (84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% (58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%
Acumulado ano: 5,97% ( 92,01% do CDI)
12 meses: 12,45% (92,04% do CDI)
24 meses: 17,38% (74,26% do CDI)
36 meses: 28,00% (106,82% do CDI)