Relatório Mensal de Investimentos

A economia dos Estados Unidos continua a se destacar, mostrando sinais de robustez em meio a um cenário global desafiador. Recentemente, os dados de inflação ainda permaneceram em níveis considerados altos, mesmo com a última divulgação relativamente melhor. Esse fenômeno, embora possa suscitar preocupações, reflete em parte a recuperação vigorosa da demanda. Além disso, o mercado de trabalho americano continua a demonstrar sua pujança, com indicadores consistentes de criação de empregos e redução da taxa de desemprego.

Esse impulso contínuo no mercado de trabalho não só fortalece a confiança dos consumidores, mas também sustenta o crescimento econômico de forma ampla, impulsionando o consumo e o investimento. Diante desse cenário, o FOMC optou por manter a taxa de juros inalterada. Essa decisão reflete uma abordagem cautelosa e equilibrada por parte do Federal Reserve, visando sustentar a recuperação econômica e ao mesmo tempo monitorar de perto os desenvolvimentos da inflação.

Com números refletindo uma economia resiliente e revisões positivas para o PIB americano para os próximos 3 anos, os principais índices reagiram bem em março. O Nasdaq 100 avançou 1,17% no mês e sobe 8,49% no ano. O S&P500 teve um desempenho bem mais relevante, com alta de 3,10% no mês e segue positivo no ano em 10,16%.

A economia chinesa segue com números baixos de inflação, um sinal que merece atenção, especialmente em um contexto de economia “estagnada”. Apesar da estagnação econômica, o setor industrial chinês permanece resiliente. A força do setor industrial é um pilar fundamental da economia chinesa e pode servir como uma âncora para impulsionar a recuperação econômica em outros setores. Em março, na reunião política conhecida como “Two Sessions”, autoridades chinesas anunciaram que seguirão com a meta de buscar um crescimento real de 5% ao ano.

Essa meta reflete o compromisso contínuo do governo chinês em impulsionar o crescimento econômico e promover a estabilidade social.

Na zona do euro, observamos sinais encorajadores com relação aos indicadores de inflação, indicando uma possível melhora no número de março. No entanto, mesmo com esses indicadores positivos de inflação, os índices de gerentes de compras (PMI) têm apontado em direções distintas. Enquanto alguns setores mostram resiliência e crescimento, outros enfrentam desafios significativos, refletindo a complexidade e a heterogeneidade da economia da zona do euro. Por outro lado, o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter a taxa de juros inalterada, acompanhada por um tom mais dovish em suas comunicações.

 É importante notar que a postura mais dovish do BCE não implica necessariamente em medidas imediatas de estímulo, portanto acreditamos ainda em um primeiro corte de juros apenas em junho. Na economia brasileira um dos principais pontos observados em março foi a força do mercado de trabalho, com uma queda significativa na taxa de desemprego e a criação contínua de novos postos de trabalho. Esses indicadores refletem uma economia ainda forte. Adicionalmente, o Comitê de Política Monetária (COPOM) optou por uma redução de 50 pontos-base na taxa de juros, mas sinaliza uma postura mais cautelosa para os próximos movimentos. Enquanto isso, a inflação permanece em linha, embora com uma elevação persistente nos preços de serviços.

O Ibovespa em contramão com as bolsas internacionais recuou 0,71% no mês e segue negativo no ano em 4,53%. No mês, as taxas das NTN-Bs (títulos atrelados a inflação) tiveram leve abertura, mais forte nos vencimentos mais longos. O índice IMA-B5 teve uma performance positiva, com alta de 0,77% no mês, porém aquém do CDI de 0,83%. Já nos vencimentos mais longos (IMA-B5+) o índice apresentou um retorno negativo, -0,55%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentaram retorno de 2,06% e -1,51%, respectivamente. O IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, apresentou um retorno de 140,05% do CDI no mês e segue acima do índice no ano, 143,28% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Março: 1,02% (122,83% do CDI)
Fevereiro: 0,69% (85,85% do CDI)
Janeiro: 0,68% (70,21% do CDI)

Acumulado ano: 2,41% (91,83% do CDI)
12 meses: 12,06% (97,75% do CDI)
24 meses: 24,06% (88,33% do CDI0
36 meses: 30,94% (87,21% do CDI)