RELATÓRIO MENSAL DE INVESTIMENTOS

Em maio, os mercados seguiram a recuperação observada no mês anterior, em função do relaxamento das medidas de distanciamento social nos países desenvolvidos, permitido pela redução de novos casos de Covid-19, da potência dos estímulos fiscal e monetário sem precedentes e da expectativa do surgimento de um remédio ou vacina. O receio de uma eventual nova onda foi reduzido, mas não pode ser descartado. Ainda restam dúvidas sobre como será o comportamento da sociedade pós-pandemia e sobre a velocidade da retomada. A tensão entre os EUA e a China, segue sendo um risco potencial, que deve ser monitorado.

O contexto doméstico seguiu o tom dos meses anteriores com consecutivas revisões baixistas de crescimento e inflação. Os dados divulgados dentro do mês de inflação surpreenderam pra baixo, e de forma disseminada. Os ruídos políticos e fiscais tiveram, a priori, um desfecho menos negativo, com um importante alinhamento politico que torna o pano de fundo mais favorável para as reformas e afasta o risco de um eventual impeachment.

Ao longo do mês, o mercado de juros teve performance positiva, com fechamento das taxas de juros reais e nominais, principalmente os títulos com vencimentos mais curtos. O mercado de crédito foi mais equilibrado, com redução do nível de resgates na indústria e alto nível de carrego dos ativos, que traz uma boa perspectiva para os próximos meses. O Ibovespa subiu 8,57% no mês, acompanhando o bom desempenho das bolsas globais, somado à redução nos ruídos políticos internos. Neste contexto, entendemos que ainda é preciso ter cautela, dado o elevado grau de incerteza no cenário prospectivo.