Parâmetros atuariais: fundos se ajustam aos novos cenários

As taxas de juros atuariais utilizadas pelos fundos de pensão, que representam o mínimo atuarialmente exigido para que os ativos continuem atendendo aos compromissos expressos no passivo, estão progressivamente se alinhando à queda da expectativa de retorno dos investimentos, como mostra o relatório divulgado em abril pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC. Observa-se que no ano de 2008 nada menos de 73% dos planos da modalidade benefício definido utilizavam como piso 6% a.a., percentual que caiu para 43% em 2011.
Pela leitura do relatório da PREVIC nota-se, também, que um número crescente de fundos estão atualizando as suas premissas atuariais e adotando novas tábuas de mortalidade nos planos de benefício definido, buscando com isso se adequar à nova configuração demográfica apresentada pelo censo de 2010 do IBGE. Observa-se no decorrer dos anos progressiva adoção de tábuas que embutem maior expectativa de vida, destacando-se a AT-2000 em detrimento da AT 83. No ano de 2008, 61% dos fundos de pensão adotavam a AT 83 e apenas 29% a AT 2000. Comparando-se o ano de 2008 a 2011, verifica-se um aumento de mais de 65% nas entidades que passaram a utilizar a AT 2000. Fonte: Abrapp