Relatório de Investimentos

Ao longo do mês de novembro, observamos dados mais positivos nos EUA e na Europa, com a melhora dos índices de surpresa de dados econômicos de ambos. Em contrapartida, os dados da China foram mais fracos, à exceção dos PMIs de novembro, que vieram um pouco melhores do que o esperado. Segue, portanto, o desafio da economia para evitar a continuidade da desaceleração observada nos últimos trimestres. América Latina foi o foco de notícias ruins, com intensificação dos protestos no Chile e manifestações contra o governo na Colômbia.

No Brasil, o mês de novembro iniciou com a decepção com o resultado dos leilões da Cessão Onerosa, sobre tudo pela ausência de interessedas empresas estrangeiras como um dos principais destaques. Ao longo do mês, ocorreu uma forte revisão para cima no IPCA de 2019, em função de choque sem dois grupos: alimentos (em especial, o choque de ofertas em proteínas animais vindo da China) e administrados (principalmente energia elétrica e gasolina).

No entanto, estes choques ocorreram por fatores exógenos e não por mudança na dinâmica da inflação subjacente, que segue bastante tranquila. Adicionalmente, foi divulgada no final do mês uma revisão dos dados do Balanço de Pagamentos, que indicaram que o tamanho do Déficit em Conta Corrente do país é maior do que acreditávamos. Por fim, no final do mês, as perspectivas otimistas em relação aos dados de atividade, deram fôlego aos ativos de renda variável e, portanto, o Ibovespa encerrou o mês com valorização de 0,95%, aos 108.233 pontos.