Relatório Mensal de Investimentos

No mês de junho, vimos o FOMC (comitê de política monetária americano) ser mais incisivo na elevação do intervalo da fed funds rate, subindo em 75bps, além de sinalizar uma possível nova alta de 75bps ou 50bps, com o objetivo de conter os fortes números de inflação. Esse movimento de aumento nas taxas de juros nos EUA, que pode ser mais acelerado do que o previsto inicialmente, fez com que o medo de recessão causasse instabilidade nos principais índices americanos. O S&P500 apresentou queda de 8,4% e o Nasdaq caiu 9,0%. Ambos apresentam -20,6% e -29,5% de retorno no ano, respectivamente.  

Na China mesmo com a nova onda de Covid-19 nas principais cidades do país, que tem sido alvo rígido de controles por parte do governo, através de políticas de lockdown, visando índices de Covid zero, os dados do PMI, índice oficial de gerentes de compras e manufatura, ultrapassou a barreira dos 50 pontos. Isso indica uma retomada no crescimento em junho, porém o mercado ainda vê números não tão relevantes para chegar na meta imposta de crescimento para 2022 de 5,5%.

Na Europa os temores pela alta inflação continuam com o CPI (variação anual do índice de preços ao consumidor) atingindo sua máxima histórica de 8,6% em junho, superando o mês anterior, quando foi de 8,1%. O índice tem sido muito impactado pelo aumento nos preços de energia, causado pela guerra da Rússia e Ucrânia.

O dólar continua se fortalecendo frente às outras moedas, com o DXY (dólar frente a uma cesta de moedas) voltando a subir em junho, cerca de 2,9%, acumulando assim alta no ano de 9,1%.

No Brasil, o cenário não é tão diferente quanto a inflação, apesar do pacote aprovado pelo Congresso e Senado, visando reduzir as alíquotas do ICMS, as projeções seguem altas para 2022. Além da aprovação desse reajuste do ICMS, outras medidas consideradas populistas pelo mercado em um ano de eleições, dificultarão o trabalho do Banco Central em 2023, que deve estender o ciclo de aperto na taxa SELIC e mantê-la em números elevados por um período mais longo do que o previsto.

A combinação do cenário nacional com a aversão ao risco internacional, derrubou os ativos de maior risco, o Ibovespa caiu 11,5% em junho, e começou a apresentar performance negativa no ano de -5,9%.

Por outro lado, vimos no segmento de Renda Fixa, um pior desempenho para os títulos de vértices mais longos, o IMA-B entregou -0,36% no mês, frente 0,33% do IMA-B5. Outro índice importante, o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) seguiu com bom retorno no mês de 1,15%, representando aproximadamente 114% do CDI.

Rentabilidade do plano:

Junho: 0,42% (40,75% do CDI)
Maio: 0,90%
Abril: 0,24% ( 28,87 do CDI)
Março: 1,86% ( 200,18 do CDI)
Fevereiro: 1,35%
Janeiro: 0,40% ( 60,86 do CDI )

Acumulado ano: 5,27% (97,29% do CDI)

12 meses: 4,39%
24 meses: 13,83%
36 meses: 17,23%