Relatório Mensal de Investimentos

Em abril a inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos apresentou queda tanto no comparativo mensal quanto nos 12 meses, número melhor que as expectativas do mercado. No entanto, o dado precisa ser observado com atenção nos próximos meses, já que o núcleo do índice, que exclui variações de alimentos e energia, ainda segue em linha com as projeções. Com juros alto e inflação persistente, os dados preliminares para o PIB Americano do 1º Trimestre surpreenderam negativamente o mercado (crescimento de 1,1% vs 2,0% consenso), além de mostrar forte desaceleração frente 1º tri de 2022 (2,6%). Mesmo com dados de inflação e PIB não surpreendendo positivamente, os principais índices americanos avançaram no mês, o S&P500 subiu 1,46% e o Nasdaq 0,49%, enquanto no ano os índices sobem 8,59% e 21,08% respectivamente.

A China cresceu acima do esperado, tanto trimestre contra trimestre (2,2% vs 2,0% consenso) quanto ano contra ano (4,5% vs 4,0% consenso), esse dado do PIB Chinês mostra a consolidação da economia após sua reabertura e afrouxamento das políticas restritivas. Mesmo com dados acima das expectativas, o crescimento chinês ainda continua desigual, com o aumento da poupança e a desaceleração dos preços, o que aumenta as dúvidas sobre o comportamento da demanda.

No ambiente doméstico, tivemos a apresentação do arcabouço fiscal como principal ponto, precisamos ficar atentos principalmente a sustentabilidade fiscal, para o atingimento de superávits conforme dito pelo plano a carga tributária deve sofrer um aumento expressivo.

Os dados de inflação vieram melhores que o esperado, com o IPCA de 12 meses recuando para 4,6%, menor dado desde janeiro 2021, dado esse muito influenciado pelo aumento da gasolina (8,33%), impactando em 39 bps no valor cheio (0,71% vs 0,77% consenso). Inicialmente existe uma leitura qualitativa construtiva dos dados, já que a desaceleração dos núcleos, em especial de serviços, pode corroborar com um diagnóstico de uma desinflação ruidosa e volátil. Com os dados melhorando na margem, esperamos uma manutenção da taxa de juros até agosto e uma possível redução no início do 3º quadrimestre.

Além dos dados melhores para a inflação o novo arcabouço fiscal não veio em linha com cenário mais pessimista de alguns agentes de mercado, o que adicionado com o bom humor global fez com que o Ibovespa apresentasse retorno de 2,50% em abril. No ano o índice ainda apresenta perdas de 4,83%.

Em relação aos índices atrelados à inflação, a curva de juros segue fechando nos vencimentos mais curtos, mas principalmente nos mais longos. O índice IMA-B5 fechou com alta de 0,90% no mês, frente a 3,03% do IMA-B5+, no ano os índices entregam 5,33% e 6,75% respectivamente. Outro índice importante, o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) ainda sofre, porém em menor escala, por conta dos eventos de alguns emissores nos meses iniciais desse ano, no mês o fundo entrega 89,11% do CDI e no ano 24,60% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Abril: 0,77% ( 84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% ( 58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%

Acumulado ano: 3,52% ( 83,86% do CDI)
12 meses: 11,30% ( 84,19% do CDI)
24 meses: 16,51% (76,99% do CDI)
36 meses: 29,67% (123,31% do CDI)