Relatório Mensal de Investimentos

Em outubro, vimos uma forte variação positiva nos ativos de risco no cenário internacional, principalmente após o FOMC. O FED elevou o intervalo do fed funds rate em 75 bps, para tentar frear a inflação, que novamente surpreendeu para cima, com crescimento de 0,4%, quando a expectativa era de 0,2%. No entanto, o entendimento do mercado é que o tom do FED foi um pouco mais dovish, podendo assim, diminuir o grau de ajuste na taxa de juros americana nas próximas reuniões. A expectativa é que possam ocorrer ainda, mais 3 altas, duas de 50 bps e mais uma de 25 bps, finalizando o ano de 2023 no intervalo entre 5% e 5,25%. Nesse contexto, o S&P500 subiu 7,99% e o Nasdaq 3,96%, tal desempenho ainda não suficiente para frear o retorno negativo no ano, ambos caem – 18,76% e -30,11% respectivamente. Na China, o Congresso Nacional do Partido Comunista, o qual foi em contramão do consenso de que se imaginava, um início do relaxamento nas políticas de Covid-zero impostas pelo governo. Além disso, Xi Jinping consolidou seu 3º mandato como presidente e reforçou ainda mais sua base aliada. Mesmo os bons resultados do PIB no 3º tri (3,9% a.a. contra 3,3% a.a.) não foram suficientes para segurar as quedas nas bolsas e a depreciação da moeda no mês. Na Europa a principal notícia no mês de outubro foi a queda da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, e para seu lugar, Rishi Sunak assumiu anunciando um choque Fiscal, revertendo assim, a política expansionista imposta pela antiga premier. O Banco Central Europeu anunciou nova alta de juros (0,75 bps), elevando a taxa para 1,5% a.a., a mais alta desde 2009. Apesar de sinalizar uma postura mais dovish após a elevação da taxa de juros, o discurso voltou a ser mais duro nos últimos dias do mês, devido a surpresa altista dos dados de inflação. No Brasil, tivemos o terceiro mês de deflação consecutivo no ano, o IPCA de setembro, mesmo que ligeiramente acima do esperado, entregou -0,29%. Já o IPCA – 15 de outubro, divulgado no meio do mês, mostrou ligeira alta de 0,16%, número esse, impactado novamente na parte negativa pelos transportes (-0,64%) e na parte positiva por vestuário (+1,43%). No Ibovespa, mais um mês de alta no ano, 5,45% a.m. e acumulando +10,70% a.a., consolidando ainda mais o bom desempenho frente as bolsas internacionais (alpha de +29,46% a.a. sobre o S&P). Em relação aos índices atrelados à inflação, novamente vimos uma boa performance no mês de outubro, principalmente nos títulos com vencimento mais curto, o IMA-B5 entregou 1,91% no mês, frente 0,65% do IMA-B5+. Outro índice importante, o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) segue sua tendência positiva e acumula mais 1,2% no mês de outubro, representando aproximadamente 118% do CDI.   

Rentabilidade do plano OABPrev-PR

Outubro: 1,36% (133,40 do CDI)
Setembro: 1,06% (98,77 do CDI)
Agosto: 1,45% (123,90 do CDI)
Julho: 1,09% (105,99% do CDI)
Junho: 0,42% (40,75% do CDI)
Maio: 0,90%
Abril: 0,24% ( 28,87 do CDI)
Março: 1,86% ( 200,18 do CDI)
Fevereiro: 1,35%
Janeiro: 0,40% ( 60,86 do CDI )

Acumulado ano: 10,59% (105,69 do CDI)

12 meses: 11,96% (103,82 do CDI)
24 meses: 19,06% (125,00 do CDI)
36 meses: 19,29(102,06 do CDI)