No mês de maio e no início de junho deste ano, o mercado sofreu uma grande volatilidade decorrente da manutenção da taxa SELIC em 6,50%, (o mercado, em função de declarações do presidente do Banco Central, apostava em uma redução para 6,25%) acarretando uma perda significativa nos fundos de renda fixa.
A greve dos caminhoneiros, as incertezas da eleição presidencial no Brasil e a possibilidade de aumento dos juros nos EUA, levaram a uma alta no dólar, na expectativa de alta da inflação e uma queda acentuada do índice Bovespa.
Estes fatores combinados propiciaram, a exemplo da maioria dos fundos, uma rentabilidade negativa do nosso programa de investimentos no período e uma natural apreensão de alguns dos nossos participantes. Porém, vale ressaltar que o plano de previdência é um investimento de longo prazo, que precisa ser analisado com mais cautela.
O diretor financeiro do fundo de pensão, Brasilio Vicente de Castro Neto, ressalta queé preciso manter a calma. “ Num investimento de longo prazo, inevitavelmente haverão períodos de dificuldade. Porém, não podemos tomar como base apenas uma situação pontual e esperar que isso determine a rentabilidade de todo o período de capitalização de um plano de previdência, que em média é de 30 anos”, afirma.
Neste sentido, o diretor pede que seja avaliado o histórico de rentabilidade da OABPrev-PR até 2017. Em 12, 24 e 36 meses a rentabilidade foi de 10,87%, 22,81% e 33,68%, frente a um IPCA de 2,95%, 9,42% e 21,10%, respectivamente.
Castro Neto explica que os gestores dos ativos do fundo de pensão reduziram as posições de risco para proteger a carteira de investimentos da entidade e que irão aguardar uma melhora do cenário para buscarem uma rentabilidade mais atraente. Entretanto, o diretor lembra que a rentabilidade real da OABPrev-PR em 12 meses, mesmo após os resultados desfavoráveis, está emtorno de 6% acima da inflação.