Relatório de Investimentos

No mês de outubro o principal ponto que ditou o ritmo do mercado foi a incerteza na condução da política monetária americana. No cenário econômico dos Estados Unidos, observamos que as taxas de juros de longo prazo estão se estabilizando após um período volátil. O Federal Reserve (FED) lida com sinais de robustez econômica, especialmente no mercado de trabalho, e uma leitura da inflação acima das projeções, levantando dúvidas sobre futuros aumentos das taxas de juros.

Em relação à política monetária, há uma mudança notável nas sinalizações do FED. Por um lado, há ênfase na manutenção dos níveis atuais de juros devido ao aperto já implementado. Por outro lado, o FED reconhece que as condições financeiras mais apertadas reduzem a necessidade de novos aumentos da taxa básica.

Além disso, a questão fiscal nos Estados Unidos, com a necessidade de emissões de dívida do Tesouro, contribui para pressionar as taxas de juros. Também há um elemento de ruído político devido à eleição do presidente da Câmara e à aprovação de leis orçamentárias.

Devido à dificuldade de leitura das próximas ações do FED e a forte abertura nas taxas de Juros Americanas, os principais índices americanos caíram novamente, o Nasdaq 100 recuou 2,08% no mês, mas segue positivo em 31,72% no ano. O S&P500 teve um desempenho semelhante, com baixa de 2,20% no mês, mas também segue positivo no ano, 9,23%.

A China apresentou dados econômicos mais fortes que o esperado no mês, mas os PMIs industriais ainda mostram que a economia está em desaceleração. O crescimento econômico da China deve permanecer baixo no curto prazo, apesar dos estímulos do governo. Em outubro, o governo chinês anunciou um novo pacote de estímulos para projetos de infraestrutura. Essa medida foi surpreendente, pois foi financiada pelo governo central, o que sugere que o governo está preocupado com o endividamento dos governos locais. O desafio do governo chinês é estabilizar a economia sem recorrer a um novo ciclo de alavancagem. Por um lado, os estímulos recentes reduzem o risco de uma desaceleração brusca da economia. Por outro lado, dificilmente levarão a um forte crescimento econômico.

A inflação na Zona do Euro desacelerou, mas a atividade econômica está em queda. O Banco Central Europeu (BCE) sinalizou que não aumentará as taxas de juros novamente, pois a inflação está se aproximando da meta e a atividade econômica está fraca. No entanto, o conflito na Ucrânia ainda é um risco para a inflação, pois pode levar a um aumento nos preços do gás natural.

No âmbito nacional, a inflação veio abaixo do esperado e a Petrobras reduziu o preço da gasolina, o que levou a revisões baixistas nas expectativas de inflação para o ano, mas a incerteza fiscal pode levar o Banco Central a ser mais cauteloso, o mercado já esperava um déficit primário relevante, mas a relutância do governo em contingenciar gastos poderia implicar um déficit ainda maior. No mercado de trabalho, o desemprego segue em queda, mas a atividade econômica ainda é fraca. Ainda assim, as condições domésticas seguem compatíveis com a continuidade da queda de juros ao ritmo de 50 pontos-base pelas próximas reuniões.

As incertezas internacionais ditaram o ritmo dos índices brasileiros. O Ibovespa em movimento semelhante das bolsas americanas rentabilizou -2,94% no mês, enquanto no ano, o retorno é de 3,11%. Em outubro, as NTN-Bs, títulos atrelados a inflação, seguiram com o movimento de abertura. O índice IMA-B5 teve a uma performance levemente negativa, com baixa de 0,31% no mês, em comparação a um CDI de 1,00%, já nos vencimentos mais longos (IMA-B5+) o índice apresenta um retorno de -0,98%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ têm retorno de 8,55% e 10,98%, respectivamente. O IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, apresentou um retorno de 125,89% do CDI em outubro, no ano segue abaixo, 93,03% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR:
Outubro: 0,46% (46,32% do CDI)
Setembro: 0,73% (74,56% do CDI)
Agosto: 0,67% (58,94% do CDI)
Julho: 1,15% (107,79% do CDI)
Junho: 1,19% (111,55% do CDI)
Maio: 1,16% (103,34 % do CDI)
Abril: 0,77% (84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% (58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%

Acumulado ano: 9,20% ( 83,55% do CDI)
12 meses: 10,30% (76,87% do CDI)
24 meses: 23,49% (88,78% do CDI)
36 meses: 31,33% (102,07% do CDI)