Relatório de Investimentos

A economia americana demonstrou sua resiliência no terceiro trimestre, com dados recentes apontando uma forte tendência no PCE (índice que mede os gastos dos consumidores americanos) de agosto. Este avanço é amplamente sustentado pelo aumento no consumo, sobretudo em áreas vitais como bens duráveis e serviços. Contudo, paralelamente a esse crescimento, a inflação se tornou uma preocupação central. O deflator do PCE registrou uma alta em agosto, influenciado principalmente pela elevação nos preços do petróleo.

Setembro nos EUA foi marcado por significativas alterações financeiras. As taxas de juros, em especial as de longo prazo, experimentaram uma ascensão notável, e o dólar ganhou força em comparação a outras moedas. Esta tendência teve um impacto direto nos países emergentes, afetando suas respectivas curvas de juros.

Durante o mês, a reunião do FOMC optou por manter os juros estáveis, o que estava em linha com as expectativas do mercado. Contudo, isso não evitou o aumento do nível da Treasury de 10 anos e fazer com que o dólar ganhasse força. O mercado também apresentou sinais de volatilidade, exemplificado pelas oscilações no índice VIX.

Levando em consideração esses fatores, o Federal Reserve sinalizou a possibilidade de um aumento adicional de juros no quarto trimestre. Todavia, os potenciais desafios e incertezas que circundam a economia dos EUA nos próximos meses poderiam motivar o Fed a reavaliar e ajustar suas próximas ações.

Com um tom mais Hawk por parte do Fed e a alta volatilidade do mercado em geral, os principais índices americanos despencaram, o Nasdaq 100 recuou 5,07% no mês, mas segue positivo em 34,51% no ano. O S&P500 teve um desempenho semelhante, com baixa de 4,87% no mês e rendimento anual de 11,68%.

A China nos últimos meses vem enfrentando desafios econômicos, mas medidas recentes indicam esforços para estabilização. No setor imobiliário novas iniciativas foram observadas, como cortes fiscais e uma redução nas taxas de hipotecas. Essas ações são uma tentativa de fomentar o consumo e deverão ter impacto positivo no curto prazo. No entanto, a visão de longo prazo é de um ritmo mais moderado de crescimento para a economia do país.

Os PMIs de setembro revelaram um avanço no setor de não-manufatura, embora indicadores do setor privado sinalizem que essa recuperação pode não ser uniforme em todas as áreas. Além disso, mesmo com indicadores como a produção industrial e vendas no varejo mostrando resiliência, os investimentos em propriedade e ativos fixos ainda refletem desafios significativos.

No cenário cambial, a política monetária dos EUA tem exercido pressão sobre a economia chinesa. O banco central chinês tem buscado maneiras de controlar a depreciação da moeda em relação ao dólar. Esse cenário reforça a visão de que medidas de afrouxamento monetário podem ser necessárias para buscar um equilíbrio na economia, especialmente diante dos persistentes desafios no mercado imobiliário.

Em meio a um cenário econômico repleto de desafios, o Brasil apresenta dinâmicas complexas em diferentes frentes. O setor de serviços e a atividade doméstica têm se destacado por sua resiliência, o que proporciona uma visão moderadamente otimista, mesmo diante da acomodação do crescimento observada após o segundo trimestre.

O Banco Central tomou medidas significativas em relação à política monetária, com destaque para um corte de juros de 0,50 p.p. No entanto, a execução das metas fiscais torna-se uma preocupação, dada sua influência nas expectativas de inflação.

Em contramão do movimento internacional, o Ibovespa apresentou, mesmo que tímidos, ganhos no mês, rentabilizou 0,71%, enquanto no ano, o retorno é de 6,22%. Em setembro, as NTN-Bs, títulos atrelados a inflação, seguiram com o movimento de abertura. O índice IMA-B5 teve a uma performance levemente positiva, com alta de 0,13% no mês em comparação a um CDI de 0,97%, já nos vencimentos mais longos (IMA-B5+) o índice apresenta um retorno de -1,92%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ têm retorno de 8,89% e 12,08%, respectivamente. O IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, apresentou um retorno de 136,87% do CDI em setembro, no ano segue abaixo, 89,53% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Setembro: 0,73% (74,56% do CDI)
Agosto: 0,67% (58,94% do CDI)
Julho: 1,15% (107,79% do CDI)
Junho: 1,19% (111,55% do CDI)
Maio: 1,16% (103,34 % do CDI)
Abril: 0,77% (84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% (58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%

Acumulado ano: 8,70% (87,62% do CDI)

12 meses: 11,29% (83,97% do CDI)
24 meses: 21,53% (83,35% do CDI)
36 meses: 30,41% (102,68% do CDI)