Relatório Mensal de Investimentos

Em julho o mercado interpretou uma sinalização mais dovish por parte do FOMC, apostando em uma alta menos expressiva (< 75 pb) nas próximas reuniões para a taxa de juros americana. Outro dado importante da economia dos EUA que foi divulgado foi o PIB do segundo trimestre, novamente negativo, -0,9%, ante -1,6% do 1º trimestre, esse número é interpretado como recessão técnica pelos analistas, sendo mais um indicativo para a desaceleração do ciclo de alta dos juros americanos, o que foi refletido na curva de juros americana. Com a sinalização de uma postura mais dovish por parte do FED, os principais índices norte-americanos reagiram bem no fechamento do mês.

O S&P500 subiu 9,1% e o Nasdaq 12,6%, não sendo suficientes ainda para retomar o patamar positivo no ano. Os índices exibem quedas de -13,3% e -20,7% de retorno respectivamente. Na China, vemos a continuidade das políticas de lockdown e Covid zero, ponto principal para a situação sanitária seguir controlada. Além disso, em uma das poucas aparições dos principais nomes do país, vimos o Premier Chinês Li Keqiang pontuando a flexibilidade e a contenção de estímulos excessivos para a economia, apontando que não há uma grande preocupação dos Líderes para um crescimento robusto nesse ano.

Na Europa, Christine Lagarde, informou a alta de 50 bases points na taxa de juros para a zona do euro, movimento esse que não acontecia há 11 anos. Segundo Lagarde, tal elevação busca “garantir o retorno da inflação à meta de 2% no médio prazo”, com o BCE iniciando seu ciclo de alta de juros meses após outras economias, o que indica preocupação com os níveis altos de inflação (8,1% no acumulado de 12 meses, divulgado em junho).

Ademais, a Europa segue preocupada com o fornecimento de gás natural Russo, esse que pode se esgotar antes do previsto pelo governo, tornando o controle à inflação um pouco mais difícil. O dólar segue forte frente as outras moedas, com o DXY (dólar frente a uma cesta de moedas) subir novamente em julho, cerca de 1,1% e acumulando alta no ano de 10,3%.

No cenário doméstico, as revisões de crescimento foram positivas para o PIB, decorrentes dos bons dados divulgados no setor de serviços, além disso o aumento do auxílio Brasil e o corte nos impostos para algumas classes de produtos, fomentaram essa revisão altista para o PIB brasileiro. Na questão inflacionária, o IPCA-15 surpreendeu e apresentou alta de 0,13%, menor variação mensal para o índice desde junho de 2020, tal número foi impactado principalmente pelas variações em combustíveis (-4,9%) e energia elétrica residencial (-4,6%), essa deflação se dá face a redução na alíquota de ICMS para esses itens.

Assim a expectativa de inflação para o ano corrente caiu, porém para 2023 subiu, com a expectativa do fim desse corte de impostos no fim desse ano. Em um movimento parecido com o internacional o Ibovespa voltou a entregar um retorno positivo no mês, porém segue negativo no ano, o índice rentabilizou 4,69% em julho, mas -1,58% no ano.

 Por outro lado, em Renda Fixa os índices atrelados a inflação sofreram um pouco (mais forte nos vencimentos mais longos), por conta da abertura das taxas de juros, o IMA-B apresentou retorno de -0,88% no mês, frente 0,01% do IMA-B5. Outro índice importante, o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) continua com um retorno importante, no mês rentabilizou 1,13%, representando aproximadamente 110% do CDI.   

Rentabilidade do plano

Julho: 1,09% (105,99% do CDI)
Junho: 0,42% (40,75% do CDI)
Maio: 0,90%
Abril: 0,24% ( 28,87 do CDI)
Março: 1,86% ( 200,18 do CDI)
Fevereiro: 1,35%
Janeiro: 0,40% ( 60,86 do CDI )

Acumulado ano: 6,42% (98,65 % do CDI)

12 meses: 6,12% (64,95% do CDI)
24 meses: 12,35% ( 102,11% do CDI)
36 meses: 17,44% ( 103,92% do CDI)