Relatório Mensal de Investimentos

Durante o último mês, observamos uma tendência favorável ao risco nos mercados globais, impulsionada pela melhora generalizada nos índices de inflação, uma desaceleração na atividade econômica nos Estados Unidos e uma postura mais moderada por parte de alguns integrantes do FED. Nos EUA, apesar do PIB ter apresentado um crescimento robusto no terceiro trimestre, os indicadores de consumo sinalizam uma desaceleração, dissipando preocupações sobre um possível superaquecimento econômico. Surpreendentemente, os dados de inflação de outubro, tanto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) quanto no Índice de Preços ao Consumidor Pessoal (PCE), ficaram aquém das expectativas, reforçando a perspectiva de um término do ciclo de alta para o Federal Reserve (Fed).

Com os principais números da economia americana surpreendendo positivamente, os principais índices americanos voltaram a subir, o Nasdaq 100 avançou 10,67% no mês e segue positivo em 45,78% no ano. O S&P500 teve um desempenho mais tímido, com alta de 8,92% no mês, e segue positivo no ano com retorno de 18,97%.

Em relação a China, mesmo com a continuidade das iniciativas propostas pelo governo para impulsionar a atividade econômica, principalmente no setor imobiliário, os indicadores mais relevantes seguem desapontando para a recuperação na economia, principalmente os PMIs.

É observado na Zona do Euro que a acomodação da inflação está ocorrendo de maneira mais rápida do que inicialmente previsto pelo ECB. Apesar de uma leve melhoria nos indicadores de atividade em comparação ao meio do ano, quando a inflação estava alta e a atividade econômica enfraquecida, o ECB está considerando manter as taxas de juros inalteradas por um período, visando avaliar a sustentabilidade da recente queda na inflação. Caso os dados de inflação e atividade seguirem surpreendendo positivamente podemos ver o ECB iniciar o corte de juros da economia antes do esperado.

O Brasil destacou-se nos mercados globais devido a surpresas positivas nos dados de inflação e notícias mais benignas oriundas da política econômica. No terceiro trimestre, as perspectivas para a economia brasileira apontam para possíveis desafios. No cenário fiscal, há expectativas de uma possível mudança na meta para um déficit de -0,5%, suscitando a possibilidade de contingenciamentos de despesas. A dinâmica inflacionária permanece favorável, com dados indicando aberturas positivas. A política monetária deve seguir a trajetória de redução da taxa de juros, mesmo com dados melhores no mercado de trabalho e inflação, seguimos com previsão de cortes de 50bps nas próximas reuniões.

A melhora no contexto internacional, assim como dados mais positivos da economia brasileira, observamos os ativos de risco com forte desempenho no mês de novembro. O Ibovespa em movimento semelhante à da bolsa americana rentabilizou 12,54% no mês, enquanto no ano, o retorno é de 16,04%. No mês, as taxas das NTN-Bs (títulos atrelados a inflação) voltaram a fechar. O índice IMA-B5 teve a uma performance positiva, com alta de 1,80% no mês, em comparação a um CDI de 0,92%, já nos vencimentos mais longos (IMA-B5+) o índice apresenta um retorno ainda mais robusto, 3,39%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentam retorno de 10,51% e 14,75%, respectivamente. O IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, apresentou um retorno de 134,46% do CDI em outubro, no ano segue abaixo, 96,46% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR

Novembro: 1,55% (168,48% do CDI)
Outubro: 0,46% (46,32% do CDI)
Setembro: 0,73% (74,56% do CDI)
Agosto: 0,67% (58,94% do CDI)
Julho: 1,15% (107,79% do CDI)
Junho: 1,19% (111,55% do CDI)
Maio: 1,16% (103,34 % do CDI)
Abril: 0,77% (84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% (58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%

Acumulado ano: 10,89% (90,54%)

12 meses: 11,87% ( 89,29%)
24 meses: 25,15% ( 93,59%)
36 meses: 29,59% (93,35%)