Relatório mensal de investimentos

O mês de dezembro encerrou o singular ano de 2020 entre um misto de esperanças e incertezas. Do lado positivo, a aprovação para uso emergencial das vacinas pelos governos ao redor do mundo e o início dos programas de vacinação liderados pelo Reino Unido, animaram os investidores fazendo os mercados acionários baterem recordes. Por outro lado, o aumento nos números de internações por COVID-19 na Europa e EUA, e a descoberta de uma nova variante do vírus, considerada ainda mais contagiosa, faz entrarmos em 2021 também com uma dose de cautela.

O acordo fechado entre a União Europeia e o Reino Unido acalmou investidores e ajudou o índice FTSE-100 a subir 3,1% no mês, também impulsionado pelo início da campanha de vacinação. No entanto, a Europa, uma das regiões mais afetadas pela disseminação do COVID-19, não apresentou a mesma recuperação que os demais mercados, com o índice EURO Stoxx 50 apresentando rentabilidade negativa de 5,1% em 2020.

 Já nos EUA os índices acionários continuaram a ter resultados positivos com a aprovação de um novo pacote fiscal da ordem de 900 bilhões de dólares. Esses novos estímulos fiscais fizeram com que os investidores renovassem as esperanças de uma retomada mais forte da economia americana. O S&P 500 subiu 3,7% em dezembro, encerrando o ano com valorização de 16,2%. A NASDAQ, influenciada pelas grandes empresas de tecnologia, apresentou rentabilidade de 5,6% no mês e surpreendentes 43,6% ao final de 2020. Esse cenário de risk-on dos mercados favoreceu o fluxo de capitais para os mercados emergentes com o MSCI Emerging subindo 15,8% no ano.

 O Brasil também se favoreceu do fluxo de capital externo, registrando entrada em torno de R$ 16 bilhões no mês e aproximadamente R$ 56 bilhões nos últimos 3 meses, o que ajudou o Dólar a se depreciar frente ao Real, apresentando retorno negativo de 2,5%, apesar da forte valorização de 28,9% no ano. O Ibovespa subiu 9,3% e fechou o ano com rentabilidade positiva de 2,9%, com o quinto ano consecutivo no campo positivo. Os mercados de juros também se aproveitaram dos ventos positivos para os mercados emergentes, observando-se um fechamento das taxas em praticamente toda a curva.

O conturbado ano de 2020 se encerra renovando a esperança de retomada da economia mundial, no entanto com os investidores ainda cautelosos a esperança de resultados mais concretos dos efeitos das vacinas e a forma com que os governos lidarão com o cenário de incerteza que ainda se faz presente.

Rentabilidade 2020

  • Dezembro: 2,69% (1.678,48 do CDI)
  • Novembro: 2,91% (1938,95% do CDI)
  • Outubro: – 0,24%
  • Setembro: -1,53%
  • Agosto: – 0,19%
  • Julho: 2,43% (1278,81% do CDI)
  • Junho: 1,92% (912,14% do CDI)
  • Maio: 1,75% (729,29 do CDI)
  • Abril: 1,56% (556,61 do CDI)
  • Março: -6,95%
  • Fevereiro: -1,40%
  • Janeiro: 0,57% (151,01 do CDI)

Acumulado ano: 3,14% (113,77 do CDI)

12 meses: 3,14%
24 meses: 15,30%
36 meses: 22,71%