Relatório Mensal de Investimentos

Em maio na economia americana tivemos a que talvez possa ser considerada a última alta na Fed Funds Rate de 2023, 25 bps, elevando a faixa de juros para 5% – 5,25%. Apesar da unanimidade dos integrantes do Fed nesse movimento, notamos uma composição bem dividida para a próxima reunião, que pode sofrer nova alteração, caso os dados de inflação ainda não apresentem melhora significativa, assim como os dados de mercado de trabalho e no setor imobiliário. Com a atenção dos mercados voltada para a divulgação dos próximos indicadores econômicos, os principais índices norte-americanos seguiram no campo positivo, com destaque para o Nasdaq 100, que avançou 7,61% no mês, chegando a 30,3% no ano. O S&P500 teve um desempenho bem mais tímido, subiu 0,25% no mês e entrega 8,9% no ano.

Na economia chinesa o PMI industrial caiu de 49,2 em abril para 48,8 em maio, na contramão do consenso de mercado. Nos últimos meses, observamos um arrefecimento da economia chinesa, principalmente lideradas pelo setor imobiliário e industrial, os quais são relevantes para manter um crescimento robusto ao país.

No ambiente doméstico tivemos a aprovação do arcabouço fiscal com 371 votos pela Câmara, sem alterações no cenário base proposto, que agora será enviado para análise do Senado, onde será analisado, e poderá seguir direto para votação ou passar por novas comissões para alterações.

Em maio tivemos dados surpreendendo para ambos os lados, do lado positivo o PIB do 1º trimestre cresceu 1,9% vs 1,3% das expectativas, puxado principalmente pelo setor agro, o qual subiu mais de 21% no período, o melhor resultado em 26 anos. Na parte negativa, o IPCA de abril veio acima do consenso do mercado, subiu 0,61% frente 0,55% dos analistas, com destaque principal para saúde e cuidados pessoais, impactando em 19bps no índice cheio. Mesmo com a surpresa negativa, o índice em 12 meses recua de 4,65% para 4,18%, e diante disso, seguimos com a visão da manutenção da taxa de juros até setembro, mês que possivelmente o BC iniciará o ciclo de cortes.

Seguindo o bom humor internacional, adicionado ao desenrolar do texto base do arcabouço pela Câmara, o Ibovespa apresentou bom retorno no mês, subindo 3,74%, porém não suficiente para deixar o campo negativo no ano, o qual ainda rentabiliza -1,28%.

Em relação aos índices atrelados à inflação, tivemos um mês no qual os juros longos apresentaram forte fechamento com uma melhor visão no campo fiscal, enquanto os vencimentos mais curtos foram impactados por uma expectativa de menor inflação nos próximos meses. O índice IMA-B5 fechou com alta de 0,57% no mês contra um CDI de 1,12%, enquanto o IMA-B5+ apresentou rentabilidade de 4,13%. No ano os índices entregam retorno de 5,93% e 11,16% respectivamente. Outro índice importante, o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) após um período de retornos aquém do esperado, em maio apresentou retorno de 136,65% do CDI, porém no ano o resultado é de 48,12% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev-PR
Maio: 1,16% (103,34 % do CDI)
Abril: 0,77% (84,25% do CDI)
Março: 1,02% (87,20% do CDI)
Fevereiro: 0,53% (58,10% do CDI)
Janeiro: 1,15%

Acumulado ano: 4,72% (88,04 % do CDI)
12 meses: 11,58% (86,01% do CDI)
24 meses: 16,73% (74,45% do CDI)
36 meses: 28,91% (115,02% do CDI)