Relatório Mensal de Investimentos

Novamente a idiossincrasia local fez com que a dinâmica de preços dos ativos de risco doméstico tivessem desempenho divergente do restante do mundo.

No cenário global, os temas de risco monitorados pelos investidores permaneceram praticamente os mesmos que os acompanhados no mês de setembro.

Na China, os novos casos de COVID e a crise no setor imobiliário contribuíram para a redução das projeções de crescimento do país, enquanto que na Zona do Euro, a forte alta dos preços de energia e o crescente número de casos de COVID também embutiram mais incerteza ao cenário.

Nos EUA por sua vez, o risco relacionado ao COVID vem gradualmente se dissipando, mantendo como foco dos investidores a persistência da inflação, e o processo de retirada dos estímulos (tapering), que deve se iniciar em novembro, a partir da próxima reunião do FOMC.

Com isso, para a renda variável, a boa temporada de balanço das empresas americanas resultou em um otimismo do mercado, e fez com que as bolsas por lá voltassem para patamares historicamente altos, o S&P500 teve alta no mês de 6,91% e a NASDAQ subiu 7,90%. Entretanto, na renda fixa a volatilidade aumentou com o mercado tentando antecipar o início do aperto monetário nos EUA, devido ao tom menos otimista do FED sobre a inflação. Isso fez com que o Yield título de 10 anos do governo americano subisse 4,57% fechando o mês de outubro em 1,557% a.a.

No lado doméstico, o Brasil teve um movimento de risk-off pelo quarto mês seguido e ambiente muito desafiador com a agenda econômica não avançando no mês, consolidando assim um cenário negativo para a trajetória fiscal.

O objetivo do governo de criar o Auxílio-Brasil com um valor de R$ 400 e atender 17 milhões de beneficiados através do programa social, demanda um espaço adicional no teto dos gastos, porém, para criar tal espaço no orçamento, é necessária a alteração das regras vigentes, o que gerou ruídos e incertezas sobre o “arcabouço fiscal”. Somado ao risco fiscal, a inflação local segue pressionada tendo como consequência um ciclo de elevação da Selic mais intenso, causando uma forte deterioração do mercado de juros com o deslocamento expressivo das curvas futuras.

Como consequência desses eventos, tivemos um mês de outubro completamente desfavorável para ativos locais. O Ibovespa foi a classe de ativos que mais sofreu, fechando o mês com variação negativa de 6,74%. O forte movimento de abertura de taxa das curvas de juros impactou o desempenho do índice IRF-M, que fechou outubro com rentabilidade de negativa de 2,63%, enquanto o IMA-B caiu 2,54%.

Na ponta contrária ficaram apenas os ativos pós-fixados, com o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI) valorizando 0,68% em outubro, e o dólar, que fechou o mês com alta de 3,56% cotado a R$ 5,64.

Rentabilidade do Plano

Janeiro: -0,44%
Fevereiro: -0,10%
Março: 0,60%
Abril: 1,06%
Maio: 0,97%
Junho: 0,64%
Julho: -0,56%
Agosto: -0,20%
Setembro: -0,17%
Outubro: -1,13%
Acumulado ano: 0,64%